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29/11/2012

Monólogo de Orfeu


Mulher mais adorada!
Agora que não estás, deixa que rompa
O meu peito em soluços! Te enrustiste
Em minha vida; e cada hora que passa
É mais por que te amar, a hora derrama
O seu óleo de amor, em mim, amada...
E sabes de uma coisa? Cada vez
Que o sofrimento vem, essa saudade
De estar perto, se longe, ou estar mais perto
Se perto, - que é que eu sei! Essa agonia
De viver fraco, o peito extravasado
O mel correndo; essa incapacidade
De me sentir mais eu, Orfeu; tudo isso
Que é bem capaz de confundir o espírito
De um homem - nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga
Esse contentamento, essa harmonia
Esse corpo! E me dizes essas coisas
Que me dão essa força, essa coragem
Esse orgulho de rei. Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música!
Nunca fujas de mim! Sem ti sou nada
Sou coisa sem razão, jogada, sou
Pedra rolada. Orfeu menos Eurídice...
Coisa incompreensível! A existência
Sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos. Tu
És a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo, minha amiga
Mais querida! Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura! Quem
Poderia pensar que Orfeu: Orfeu
Cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres - que ele, Orfeu
Ficasse assim rendido aos teus encantos!
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho que eu vou te seguindo
No pensamento e aqui me deixo rente
Quando voltares, pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo!
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo!  
                    
         

Orfeu da Conceição é uma adaptação 
em forma de peça musical do mito grego 
de Orfeu transposto à realidade das favelas cariocas. 
O espetáculo estreou no Teatro Municipal do Rio de 
Janeiro em 25 de setembro de 1956. 
A Peça teve cenários de Oscar Niemeyer.
Vinícius declama e teatraliza (com uma flauta pastoral ao fundo) o "Monólogo de Orfeu" composto por ele mesmo e Tom Jobim, especialmente para a peça.

22/11/2012

O Teatro Essencial De Denise Stoklos


Em entrevista concedida ao Programa Metrópolis a atriz e diretora Denise Stoklos que já comemorou 43 anos de trabalho, fala do seu Teatro Essencial.
Revelando o perfil de seus personagens e sua relação com o processo criativo no qual brilhantemente atua.                                               

Para conhecer o vasto e rico trabalho da da atriz, autora, diretora, coreógrafa e produtora: 

16/08/2012

Quando a cortina não se fecha

   “Bibi – Histórias e Canções”
Quando a cortina não se fecha
“Bibi – Histórias e Canções”, dirigido por João Falcão, inaugura o Theatro Net Rio em grande estilo.
O repertório, um resumo de alguns dos momentos mais marcantes de sua carreira como “Minha querida lady” (adaptação de 1962 do musical “My fair lady”), “Alô, Dolly” (de 1965, adaptação de “Hello, Dolly”), “Gota d´água” (1975), “Piaf, a vida de uma estrela da canção" (1983) e “Bibi Ferreira viveAmália Rodrigues” (2001), é interpretado unicamente por Bibi acompanhada de uma orquestra de 27 músicos regidos pelo maestro Flávio Mendes. Além do que o Brasil já viu, no programa, constam números inéditos: interpretações de canções brasileiras de compositores como Chico Buarque, Noel Rosa, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, além de brincadeiras com óperas clássicas e textos nacionais.
A grande atriz e cantora conversa com o público, dialoga com o maestro, faz o show com a plateia.
            O tempo é um dos fatores mais importantes na observação da arte. É porque vinte e quatro quadros passados na velocidade de um segundo dão a sensação de unidade e movimento que o cinema existe. É porque não se consegue ler Dostoievski em duas horas, mas uma boa crônica se consome em alguns minutos que os gêneros literários têm o seu lugar. Um quadro ou uma escultura só adquire valor quando permanece bela através da passagem dos séculos. Música e tempo são sinônimos e a dança é um jeito da música ser vista além de ouvida. O teatro nasce e morre nos intervalos de tempo e sua beleza está no seu renascer constante. Os personagens duram apenas o tempo da apresentação e, quando a peça acaba, um escritório e uma prisão são apenas canos, um mar é apenas um jogo de luzes, uma sala é apenas um sofá. Bibi Ferreira faz 90 anos e a emoção de assisti-la vem, dentre vários motivos, da graça que é contemplar alguém que dribla o tempo com doçura e com coragem, com talento e com técnica, com amizade e reconhecimento. O tempo faz reverência para Bibi Ferreira.
            Quando nos anos 20 do século passado, Abigail Ferreira substituiu uma boneca e entrou em cena pela primeira vez, Bibi era ainda um bebê. Trocadilho à parte, o brinquedo ainda está em cena, passando de mão em mão e chorando na hora certa. Viagens ao Chile e apresentações no Teatro Municipal do Rio de Janeiro nos anos 30, a própria companhia teatral veio nos anos 40. Bibi é a história do teatro brasileiro, sendo o próprio teatro brasileiro. Recanta hoje canções apresentadas em musicais dos anos sessenta, setenta, oitenta e dois mil. Vestindo elegantemente um vestido longo preto, ela olha para o público sem os famosos óculos escuros que marcaram a sua imagem na televisão desde a sua inauguração nos anos cinqüenta até hoje. O público vê os olhos de uma diva e encontra nele o mesmo brilho que tantos públicos ao redor do mundo encontraram ao longo desses noventa anos. E aplaude, quem diria, o teatro que não consegue se terminar hoje para se recomeçar amanhã, mas permanece ali de pé, afinado e forte ao longo de quase um século com as cortinas sempre abertas.

Bibi Ferreira interpretando Joana na peça Gota D'água

12/11/2011

“Liberdade, Liberdade!”


Liberdade, Liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel
Cartaz da Peça: Liberdade, Liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel
O Teatro Brasileiro e a Censura": 4ª Edição
“Liberdade, Liberdade!”
Obra pioneira do teatro de resistência, denuncia de forma lírica a opressão que dominou o país nos anos de chumbo da ditadura. Trata-se de vários textos que falam do direito à liberdade. Os textos são adaptações de outras obras, e conseguem desenvolver uma estrutura dramatúrgica com fragmentos da literatura universal voltados ao tema da liberdade, costurados com músicas da mesma temática e também com algumas piadas. “Liberdade, Liberdade!” Considerada uma obra de destaque que influenciou fortemente a dramaturgia de sua década. 
A realidade instalada no Brasil a partir do golpe de 1964 deu um novo rumo ao teatro de Millôr Fernandes: defensor do livre arbítrio, ele se torna, desde o início, um ferino questionador do esquema repressor que dominava o país. O primeiro fruto desta atitude foi Liberdade, Liberdade, peça escrita com Flávio Rangel.
A obra tentou traduzir o inconformismo da nação perante o arbítrio e a repressão do regime, inaugurando um estilo de espetáculo que viria a ser chamado “teatro de resistência".
Liberdade, Liberdade recorre a 19 personagens para rever e reavaliar este tema, aplicando-o à realidade atual. Em cena, os atores se revezam na interpretação de textos clássicos de autores como Sócrates, Marco Antonio, Platão, Abraham Lincoln, Martin Luther King, Castro Alves, Anne Frank, Danton, Winston Churchill, Vinícius de Moraes, Geraldo Vandré, Jesus Cristo, William Shakespeare, Moreira da Silva e Carlos Drummond de Andrade, entre outros.
O resgate dos períodos históricos passa também por 30 canções ligadas ao assunto, interpretadas ao vivo por uma banda musical. Nas palavras de Cecília Meirelles, também parte do texto, o espetáculo trata da “liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”.
A colagem de textos de vários autores numa peça de dramaturgia já era adotada no teatro moderno, mas, à época no Brasil, se constituía numa novidade.
Embora bastante questionado na época, por ser mais um show do que propriamente uma peça de teatro, Liberdade, Liberdade revelou-se uma iniciativa seminal, que influenciou fortemente a dramaturgia da década. 
"Um clássico da dramaturgia brasileira e um espetáculo que grita por um mundo melhor e mostra os dias difíceis da ditadura e o resgate da historia política brasileira. "O espetáculo traz um panorama sobre a idéia de liberdade na arte, na cultura e na política, oferecendo ao espectador a oportunidade de rever e repensar o tema. Ele sai do teatro com muito mais perguntas do que resposta, o que considero muito mais transformador e instigante". (Flavio Rangel)
“Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta,
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda.” (Cecília Meirelles)
* * *
“Não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-las”. (Voltaire, filósofo francês)
* * *
“Pode-se enganar algumas pessoas todo o tempo; pode-se enganar todas as pessoas algum tempo; mas não se pode enganar todas as pessoas todo o tempo.”
(Abraão Lincoln, presidente norte-americano)
* * *
“O mal que os homens fazem vive depois deles. O bem é quase sempre enterrado com seus ossos.” (Shakespeare)

26/10/2011

Triste Canastrice

Sou um ator
atordoado
com os papéis que represento
com os papéis que escrevo
com os papéis que lanço ao vento
com os papéis com os quais seco meu lamento.
Sou um ator
perdido em cena
que encena a própria vida
que se vende por um prato de comida
que encarna o Cristo
e a Madalena Arrependida.
Sou um ator
e com minha dor
nem sei se existo.
Sou um ator
e insisto com meus personagens
que mergulha em miragens
que aceita qualquer bobagem
que faz suas micagens
para uma platéia vazia.
Sou um ator
atordoado com as luzes da ribalta
com a noite que se faz alta
com o cenário que me faz falta.
Sou um ator
que se cala
sem saber a próxima fala
que assiste a si mesmo
ensimesmado na ante-sala.
Sou um ator
daqueles que morre no fim
suicida com balas de festim.
Sou um ator
que se doa
que se dói
que se rói
por coisa à toa.
Sou um ator
que perdeu o próprio rumo
que se viu sem prumo
que se vê abandonado
sozinho no tablado.
Sou um ator
que interpreta a esmo
o papel de si mesmo.
Poema de: (Mauro Gouvêa)

23/10/2011

" A Máquina "

Monólogo de Antônio
Publicado originalmente em 1999, título do romance de estréia da autora e roteirista Adriana Falcão.
Com um texto impecavelmente poético, a autora constrói uma história capaz de parar o tempo e mudar o rumo desta prosa e de outras que Antônio se pôs a contar, depois que olhou para a sua Karina, que naquela altura já tinha um olhar de adeus, e prometeu - 'É o mundo que você quer? Então eu o trago para você. '
Romance que expressa sobre o tema central, o amor e o tempo, um jogo de aposta.
A trama gira em volta de um rapaz chamado Antônio, que mora em uma cidade chamada Nordestina, que é muito pequena e nem existe no mapa. Os habitantes de Nordestina aos poucos vão, um a um, deixando a cidade em busca do "mundo".
Em determinado momento, Karina, por quem Antônio é completamente apaixonado, decide ir para o mundo em busca do seu sonho de ser atriz. Ela não está disposta a abrir mão de seus sonhos por marido nenhum. Tem um forte senso de independência e determinação, e deseja escapar da estagnação quase incontornável de terminar seus dias em Nordestina.
Em uma tentativa de impedi-la, Antônio promete trazer o mundo à sua amada.
Nordestina é um lugar onde ninguém mais quer ficar. A única coisa que se conta nesta terra sem futuro é o vazio deixado por quem quer ir para o lado de lá da risca, onde o mundo deve estar acontecendo. De forma satírica e irônica este lugar é apenas uma outra dimensão do tempo:” O Futuro”.
Após alcançar enorme sucesso no teatro, 'A máquina', de Adriana Falcão, chegou às telas de cinema pelas mãos do diretor João Falcão, com Mariana Ximenes, Paulo Autran e Gustavo Falcão nos papéis principais do longa-metragem.
Homenageando o ilustre ator Paulo Autran, destacamos a  cena onde ele  literalmente, faz o espectador  viajar no texto.
Com o espetacular  monólogo atemporal de Antônio, Autran traduz seu magistral  personagem.


17/09/2011

De Braços Abertos: Maria Adelaide Amaral

 “O Teatro Brasileiro e a Censura": 3ª Edição
Dando continuidade a série, selecionamos a peça: De Braços Abertos, 1984  homenageando um grande ícone da Dramaturgia Brasileira: Maria Adelaide  Amaral.
Autora de várias  obras literárias e teatrais de sucesso que inclui 14 peças.
Das quais se destacam: Resistência, 1974 que foi sua estréia profissional nos palcos; Bodas de Papel, 1976 (recebendo os prêmios Moliére, Ziembinsky, Governador do Estado e da Associação dos Críticos de Arte na categoria melhor autor nacional); Chiquinha Gonzaga, 1982; De Braços Abertos, 1984 e Querida Mamãe, 1994; todas vencedoras do Moliére de melhor autor nacional.
A Resistência reproduz o ambiente de redação de uma revista em decadência, na qual a autora trabalhava, tendo como pano de fundo o clima político de 1970. A peça se desenvolve em um único dia de trabalho, sugerindo duas realidades complementares, as angústias, esperanças, descontentamentos dos jornalistas em relação à empresa, à carreira, ao cotidiano e à atmosfera de repressão política e cultural, cuja realidade se impõe de maneira indireta, mas indisfarçável. 
Em De Braços Abertos, Maria Adelaide Amaral soube muito bem captar estas recentes conquistas das mulheres, que provocavam tanto desconforto nos homens daquela geração. Tendo como pano de fundo – e não passando disso – ecos do momentopolítico anterior ao do tempo do texto teatral, fins da ditadura militar no país, a dramaturga desdobra os poucos acertos e muitos erros de um casal cujo maior problema residia na independência de Luísa e na não aceitação dessa mulher emergente por
Sérgio Vincenzo ainda destaca a importância dada a psicologia das personagens e como ela também foi muito bem recebida (e recomendada) por psicólogos  e psicanalistas a casais com problemas em seus relacionamentos. 
Seguindo esse traço psicológico da relação entre Sérgio e Luísa, Ana Lúcia de Andrade ressalta como a ação do texto se concentra toda no “(des) encontro do casal”.
“Tudo gira em torno do problema de como se maneja a afetividade em uma cultura que parece negá-la”. Desse modo, Andrade coloca uma outra questão que é somada a nova mulher emergente de que fala Vincenzo em sua crítica a respeito das mulheres independentes. Essa questão se deve ao fato de tanto Sérgio, como também Luísa não assumirem profundamente a relação, nem socialmente, pois continuam amantes, nem emocionalmente, já que passam boa parte se seu tempo juntos “disparando farpas” um contra o outro.
"De Braços Abertos aponta mais uma vez para as dificuldades de relacionamento dos seres humanos. No caso, um amor ameaçado pelo ciúme, a frustração, as diferenças de classe social, e envolto num clima de permanentes provocações e desavenças, acirrando o sofrimento recíproco."
De Braços Abertos é considerada até hoje a mais bem-sucedida montagem de um texto de Maria Adelaide Amaral. Foi bastante comentada e resenhada pela crítica teatral e também literária. O crítico teatral Sábato Magaldi quando da realização do espetáculo,disse que : De Braços Abertos tem a virtude de fazer uma análise paradigmática da relação de um casal, consumida pelos desajustes inevitáveis. Transcende as circunstâncias específicas de um caso amoroso, para dar-lhe um cunho genérico, interessando a quaisquer espectadores que um dia tiveram uma experiência semelhante. Pelos seus valores humanos e artísticos.
A peça elevou Maria Adelaide ao primeiro plano da  dramaturgia brasileira.
O texto teatral de De Braços Abertos tem uma trama centrada na relação entre o casal, seja no passado da relação vivida, seja no presente do reencontro depois de cinco anos. Toda a ação se dá a partir das experiências vividas por Sérgio e Luísa. Embora a perspectiva seja feminina, da “visão de uma mulher não integrada ao sistema patriarcal”
O interesse central da peça se dá na vida íntima de um casal de amantes e sua relação com o amor que sentem um pelo outro. Dessa forma, mesmo sendo o ponto de vista de Luísa claramente predominante, o olhar de Sérgio “vaza” através dos diálogos e, principalmente, de seus solilóquios. Portanto, em De Braços Abertos, tanto Luísa quanto Sérgio, têm o poder de defender seu ponto de vista e dar seu testemunho do que foi o relacionamento do casal de amantes um para o outro. O passado e o presente vão se revezando, mostrando o casal nos tempos da relação e seu reencontro (sem reconciliação) cinco anos depois.
Recomendamos que você assista o vídeo da entrevista com a Autora, Dramaturga e Novelista: Maria Adelaide AmaralOnde ela fala da sua vida, o começo da sua carreira de escritora, suas técnicas para escrever e a inspiração para a criação de seus personagens.

Para conhecer a Biografia completa, Obras e Prêmios da Escritora e Dramaturga Maria Adelaide Amaral acesse o Site 

27/08/2011

Besame Mucho de Mário Prata

O Teatro Brasileiro e a Censura
Selecionamos para esta edição: A peça Besame Mucho de Mário Prata.
Um breve resumo escrito pelo próprio autor e para ilustrar este artigo, algumas cenas da peça em vídeo.


Besame Mucho (A peça) Retrata a amizade fraternal de dois rapazes por mais de três décadas. É escrita de trás para frente, iniciando por um final trágico, em 1982, e terminando pelo início, em um baile de formatura, em l962, numa cidade do interior, ou seja, a trama se desenvolve quando os anos dourados também são de chumbo, mas, mais do que isso, reflete, além da repressão da ditadura, as repressões sexuais devido aos ensinamentos religiosos. As cidades do interior eram filiais do Vaticano. A maioria dos colégios era de religiosos e tudo era pecado. Os amigos são Xico e Tuca, que namoram Olga e Dina. O próprio Mário Prata informa que se trata de uma história de amor entre quatro pessoas, sem as quatro paredes. O jogo é aberto. Assim, o palco é, muitas vezes, dividido em dois planos. Xico se torna escritor e casa com Olga, que é intelectual. Tuca permanece no interior e casa com Dina. O primeiro casal vive um drama de criatividade. Ele é o escritor, mas ela, socióloga, é quem escreve para ele. Dina, em virtude da repressão sexual exercida pelas freiras, revela-se fria, não consegue ter orgasmo, até que, fantasiando, se veste de Marilyn Monroe, quando explode de prazer e, daí para frente, o casal passa a fantasiar cada vez mais. Transformam-se em outras pessoas, como um mendigo, um chofer, etc., vestindo-se e falando como estes. Uma curiosidade: os contra-regras também representam ao mudar o cenário, são chamados de ele e ela, um bolinando o outro na penumbra entre atos. É uma peça dentro da peça. Como disse, a tragicomédia começa pelo fim, que não vou revelar, para não irritar o possível espectador ou leitor, mas posso revelar o fim, que é o início romântico da amizade/amor entre Xico e Tuca. Não um amor homossexual, mas, nas palavras do próprio autor, um homotermurismo: ternura entre pessoas do mesmo sexo, palavra que ele espera entrar um dia para o dicionário do Aurélio. Tudo ao som do Besame Mucho
Fonte da Imagem: http://torlonistar.blogspot.com/2010/07/relembre-christiane-torloni-no-filme.html
( Tivemos que reeditar esta postagem, pois o primeiro vídeo com cenas da atriz Christiane Torloni e o ator Antonio Fagundes, que protagonizaram o Filme "com excelente  interpretação, foi retirado da veiculação pelo proprietário do mesmo no YouTube. )

Que ao soar a terceira campainha, o palco possa ecoar:

“Toda e qualquer forma de expressão da Arte e de seus Criadores.”

By Arte e Café

26/08/2011

O Teatro Brasileiro e a Censura


Na década de 70 a censura imposta pelo governo militar chega ao auge. Os autores são obrigados a encontrar uma linguagem que drible os censores e seja acessível ao espectador.
Nessa fase, surge toda uma geração de jovens dramaturgos cuja obra vai consolidar-se ao longo das décadas de 70 e 80:
Destacamos os autores abaixo relacionados e suas respectivas peças que tiveram seus textos tolhidos pelas ordens ditatoriais:
Mário Prata (Bésame mucho),
Fauzi Arap (O amor do não),
Antônio Bivar (Cordélia Brasil),
Leilah Assunção (Fala baixo senão eu grito),
Consuelo de Castro (Caminho de volta),
Isabel Câmara (As moças),
José Vicente (O assalto),
Carlos Queiroz Telles (Frei Caneca),
Roberto Athayde (Apareceu a margarida),
Maria Adelaide Amaral (De braços abertos),
João Ribeiro Chaves Neto (Patética),
Flávio Márcio (Réveillon),
Naum Alves de Souza (No Natal a gente vem te buscar)
Não poderíamos deixar de citar obras que também marcaram esta época:
Como as montagens feitas, em São Paulo, pelo argentino Victor García: ''Cemitério de automóveis'', de Fernando Arrabal, e ''O balcão'', de Jean Genet.
Quando nesta última, ele chega a demolir internamente o Teatro Ruth Escobar para construir o cenário, uma imensa espiral metálica ao longo da qual se sentam os espectadores. 
Nas próximas semanas estaremos publicando vídeos sobre estes espetáculos, edição de reportagens, trechos destas maravilhosas obras e seus respectivos autores.
Quem quiser colaborar com a edição desta série e possua algum material inédito ou mesmo já veiculados sobre estas peças teatrais, pedimos que entrassem em contato.
Pois é de relevante importância para o resgate e a divulgação da nossa memória cultural!
A proposta estará aberta até o final do mês de Setembro para possíveis colaboradores.
Em retribuição divulgaremos os seus links ou sites.
E também empresas e eventos, profissionais da área artística, como forma de agradecimento!
A nossa Historia, a nossa Arte e a nossa Cultura é o grande patrimônio que devemos preservar para as gerações futuras!
By Arte e Café

17/06/2011

Marcel Marceau - O Mestre do Silêncio


"O silêncio não tem limites, os limites são impostos pela palavra."
Marcel Marceau
Marcel Mangel, mais conhecido como Marcel Marceau ou Mime Marceau, foi o mímico mais popular do período pós-guerra. Junto com Étienne Decroux e Jean-Louis Barrault deu uma nova roupagem à mímica no Século XX.
Inspirado em comediantes como Chaplin, Buster Keaton, Irmãos Marx, Harry Langdon, nos "clowns" da commedia dell'arte italiana, além dos gestos estilizados da ópera chinesa e do teatro japonês Noh, em 1947, Marceau criou Bip, o palhaço de cara pintada, que em seu casaco listrado e surrado, chapéu de ópera de seda com uma flor espetada - significando a fragilidade da vida - tornou-se seu alter-ego, exatamente como o Vagabundo de Chaplin. As desventuras de Bip interagindo com tudo, desde borboletas a leões, de navios a trens, nos salões ou nos restaurantes, eram ilimitadas. Com uma pantomima de estilo, Marceau foi reconhecido como fora de série. Seus exercícios silenciosos, que incluíam trabalhos clássicos como A Gaiola, Andando de Encontro ao Vento (que inspirou o passo de dança Moonwalk de Michael Jackson), o Fabricante de Máscara e No Parque, também sátiras de tudo, desde escultores a matadores, foram descritos como trabalhos de gênio. De sua soma das idades no famoso Juventude, Maturidade, Velhice e Morte, um crítico disse, faz em menos de dois minutos o que maioria dos escritores não fazem em volumes.

"A mímica não é só teatro, não é só o silêncio, não apenas gesto.
Vai mais longe e mais fundo na vida, porque obstrui para fora do caminho da linguagem, a linguagem de mediação.
Junto com a música e a matemática, a mímica é universal.
Tudo pode ser representado pelo mimica menos mentir porque, mentir é palavra essencial."
Marcel Marceau (1924 - 2007)
Para ler a biografia detalhada de Marcel Marceau e mais sobre sua carreira e personagens.
acesse: Wikipedia

07/06/2011

Criação da Fundação Teatro Municipal de São Paulo

Teatro Municipal de São Paulo reabre as portas para o público em junho
Lucas Nobile - O Estado de S.Paulo
O prefeito Gilberto Kassab (PSD) sancionou na manhã desta sexta-feira, 27, a lei de criação da Fundação Teatro Municipal de São Paulo. No evento, realizado na prefeitura, com a presença de diversos secretários municipais, como o da cultura, Carlos Augusto Calil, também foram anunciadas a programação para o ano e a data de reabertura do teatro, marcada para 10 e 11 de junho, para convidados, e dia 12 do mesmo mês, para o público.
Teatro completa cem anos no dia 12 de setembro
Na cerimônia, também foi apresentado pelo secretário municipal de Desenvolvimento Urbano Miguel Bucalém o projeto de construção de um estacionamento que ficará nas esquinas das ruas 24 de Maio e Conselheiro Crispiniano. O edifício, com área total de 12 mil m² e nove andares, atenderá o público no entorno do teatro e também terá uma passagem subterrânea com acesso direto ao Municipal.
O teatro, que havia passado por reformas em 1956 e em 1988 (até 1991), completa cem anos no dia 12 de setembro e está fechado desde julho de 2008 para reformar a fachada e o interior, com destaque para o palco e a parte cenotécnica, considerada obsoleta e que impedia, por exemplo, que óperas e outras grandes produções pudessem ser apresentadas. “Como vocês sabem, o principal o atraso nas obras do palco é que trouxe a reabertura a esta data. Tivemos dificuldades na licitação da reforma do palco, mas agora poderemos ter um aumento da produção artística e receber espetáculos mais complexos. Trata-se de uma tecnologia que nós ainda não dominamos, mas nosso funcionários acompanharam todo o processo e estarão aptos a desempenhar suas funções”, disse o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil.
Fonte: O Estado de S.Paulo
Fotos e curiosidades na reportagem completa:

19/05/2011

“Entre quatro paredes”

..." Sartre salienta que quando nos abstemos da responsabilidade por nossas escolhas, estamos agindo segundo aquilo que denominou “má fé” da consciência, ou seja, estamos nos isentando de atentar para a liberdade que temos à nossa inteira disposição, de graça. A má fé consiste em fingirmos não ser livres e podermos então, debitar nossa infelicidade ou fracasso à causas externas a nós (os pais, o “inconsciente freudiano”, o ambiente, a personalidade indômita etc). Sartre chama isso de covardia. Não sendo livres para deixar de ser livres, estamos pois “condenados à liberdade”.
Esse “ser”, construído através daquilo que se escolhe (até mesmo quando não se escolhe já está se escolhendo) pode ser explicitado também através da relação com os outros. Essa relação se dá pela experiência do olhar, do corpo. O olhar do outro me objetiva, me torna real. O outro atesta minha existência e isso instiga e inquieta.  Desencadeia uma crise de aceitação pois só desejo ver refletido no outro o melhor de mim mesmo. Porém, o outro enxerga mais do que gostaríamos, desconhece nossas motivações interiores.

Na peça teatral “Entre quatro paredes” (1944), Sartre pondera-se sobre a questão da imagem e ilustra suas idéias filosóficas. A fenomenologia do Outro e do “ser para outro” foi um dos mais bem acabados pensamentos de Sartre. A dialética humana de “ser um com o outro” é central: ver e ser visto corresponde a dominar e a ser dominado.
Após morrer, três indivíduos vão parar no inferno (não se trata do estereotipado inferno cristão,com diabinhos, fornalhas etc.). Garcin, era um homem de letras. Pretendia ser um herói e foi um covarde. Seu maior tormento é que suas novas companheiras desvendam sua condição de covardia, que não pode ser mudada. É em vão que luta para fugir da pecha de covarde.
Estelle é uma fútil burguesa que ascendeu socialmente pelo casamento. Em nome do conforto, assassinou o bebê que teve com o amante e vê este, tomado pelo desgosto, suicidar-se. Tenta redimir-se atribuindo sua culpa ao destino. Deseja a paixão como forma de escapar à realidade.
Inês é homossexual, funcionária dos correios, agressiva, admite suas culpas. É a única que não procura se desculpar e compreende estar no inferno. O ódio a alimenta; sádica, goza com o sofrimento dos outros.
Não foram parar no inferno a toa: cada um responde por um crime. Estão confinados numa sala, sem espelhos, sem necessidade de se alimentar ou de dormir, por toda eternidade. São obrigados a se ver através dos olhos dos outros; olhos esses que não teriam sido os escolhidos para se conviver. Vaidosa e egoísta, é patético o desespero de Estelle por um espelho. Inês arregala os olhos para que ela possa se enxergar: ela se vê, tão pequenina... Tudo isso os incomoda bastante, pois não conseguem enganar uns aos outros por muito tempo e, aos poucos vão se constrangendo cada vez mais.
Inês tentará conquistar Estelle, que a repudiará. Estelle, por sua vez, buscará a paixão de Garcin, que a ignora. Inês, interessada em Estelle, jogará um contra o outro, explicitando as faltas deploráveis de ambos; faltas essas que nenhum quer admitir. Numa convivência insuportável, Estelle, revoltada, tenta matar Inês, mas ela dá boas gargalhadas: já está morta. Garcin tenta, inutilmente, convencê-la de que não é um covarde. Não conseguindo, tenta se vingar amando Estelle diante de Inês.
Sem que possam sequer expiar suas faltas, descobrem o horror da nudez psíquica que os outros lhes evidenciam. Está revelado o verdadeiro inferno: a consciência não pode furtar-se a enfrentar outra consciência que a denuncia, por isso: “o inferno são os outros”.
“Os Outros” são todos aqueles que, voluntária ou involuntariamente, revelam de nós a nós mesmos. Algumas vezes, mesmo sufocados pela indesejada presença do outro, tememos magoar, romper, ferir e, a contra-gosto, os suportamos. Uma vez que a incapacidade de compreender e aceitar as fraquezas humanas torna a convivência realmente um inferno, o angustiante existencialismo ateu sartriano não nos deixa saída. Sem o mínimo de boa-vontade, não há paraíso possível.

Artigo Extraído: Sartre: “O inferno são os outros”
Luciene Félix
Professora de Filosofia e Mitologia Greco-Romana da ESDC
Fonte da Pesquisa:http://www.esdc.com.br/CSF/artigo_2008_02_sartre.htm 
Fonte da Imagem:http://stone-lion.blogspot.com/2010/01/entre-quatro-parede-nydia-licia-sergio.html

Entre quatro paredes – Jean-Paul Sartre. Tradução: Alcione Araújo e Pedro Hussak. 3ª ed. - Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2007.


24/03/2011

Dia Mundial do Teatro

 Comemora-se a 27 de março, o Dia Mundial do Teatro, uma arte que nasceu do rito, seja ele religioso, fúnebre, festivo, civil ou de guerra. Os povos primitivos por meio da dança costumavam exprimir seus estados emocionais e dramatizar situações, notadamente relacionadas com a luta do homem contra o destino, as forças da natureza, o sexo e a vingança.
Atribui-se a Téspis, no século VI A C, esta invenção genial que veio possibilitar o trânsito da primeira forma lírica e narrativa, para uma tentativa de representação dramática. Atribui-se a ele, também, a invenção de um carro que funcionava como um teatro portátil, e levava as representações às praças públicas. Em tais oportunidades, Téspis mascarava seus atores com unturas de borra de vinho, tornando-se também o precursor das famosas máscaras gregas. É dele, ainda, a introdução no coro, ( que era realmente o que constituía a parte representativa da antiga tragédia) de um ator que iria narrar as ações de um personagem ilustre, para desta forma, não parando a ação do teatro, permitir com que o coro obtivesse um breve descanso em seu contínuo trabalho. Sua obra foi também, a precursora da informação e do jornalismo, já que Téspis captava nas aldeias e cidades por onde passava, estórias e notícias daquela localidade e as transformava no texto que iria apresentar na aldeia ou cidade para onde estivesse se dirigindo. Tais informações chegaram até nós através de Horácio, em sua "Arte Poética", escrita cinco séculos após.
A arte no geral criou a conceituação de ser vanguarda e precursora das conquistas sociais e políticas das civilizações que se seguiram até nós. Não deve andar a reboque de nada e de ninguém. Deve ater-se aos fatos, narrar acontecimentos, procurar conscientizar a sociedade na busca de melhores caminhos que a conduzam ao que Bertold Brecht propôs em sua obra : o homem como parceiro do homem, na procura do bem comum, da paz e do progresso da humanidade. A arte que costuma incensar os governantes, que produz o chamado "besteirol", que não coloca a cabeça do espectador para pensar e raciocinar, é uma arte comprometida com o retrocesso, voltada unicamente para o lucro fácil das bilheterias, descompromissada com o futuro e inimiga do progresso dessa mesma humanidade.
Neste particular o teatro brasileiro, salvo raras exceções, nos dias que correm, está mais voltado para ser retaguarda, abdicando da sua missão de ser a vanguarda cultural e social. É bom que se diga que vivemos hoje, tempos difíceis, onde a censura econômica tomou o lugar da censura ideológica que vigorou nos tempos do regime militar, como a denunciar uma ditadura invisível travestida de conceitos democráticos. Porém, é sempre bom lembrar que a cultura brasileira, mais precisamente o teatro e a música popular, produziram nos anos de chumbo aquilo que conceituo como melhor período de nossa produção artística. Driblando a censura, optando por caminhos alegóricos, mas sempre denunciando a opressão e o cáos social, transformando o regime de então, na grande musa inspiradora. Celebramos neste 27 de março mais um Dia Mundial do Teatro, com as apreensões de sempre, mas, voltando a Téspis, o primeiro dramaturgo de que se tem notícia, a quem pertence a criação de um diálogo entre o coro e um ator que personificava Dionísios. Tal personagem, recebeu a denominação de "hipocrates", que significava, o respondedor. Tal diálogo, presenciado por Solon, o teria deixado perplexo a ponto de indagar Téspis, se não tinha vergonha de se fazer passar por outra pessoa, de mentir publicamente daquele modo. Em resposta, Téspis disse a Solon que não havia mal algum em suas palavras ou em sua conduta, porquanto tratava-se apenas de um jogo, ao que Solon respondeu : "Mas se aceitamos e aprovamos o jogo, terminamos por encontrá-lo transformado em realidade em nossos contratos." Com o tempo a palavra "hipocrates", deu lugar a um novo significado : hipócrita, fingido, mentiroso. Que no futuro, os criadores da cultura cênica de hoje, não venham a ser reconhecidos por tal terminologia, ao "aceitar docemente" as atuais regras do jogo. Sempre é tempo de pensar e mudar.
Autor:Cartos Pinto
Jornalista
Secretário Municipal de Cultura de Santos
27/03/2001
“Um povo que não ajuda ou não fomenta o seu teatro, se não está morto, está moribundo”
Frederico Garcia Lorca


09/03/2011

Como educar seu filho na favela

Terça Insana, é um projeto de humor apresentado todas as terças-feiras na cidade de São Paulo.Também pode ser visto em DVD.
A Personagem Dona Edith interpretada por Luis Miranda, apresenta seu livro ‘Como educar seu filho na favela’.
O espetáculo que acontece sempre as terças feiras em São Paulo traz como elenco nomes como Renato Caldas, Agnes Zuliani, Grace Gianouskas entre outros nomes.No espetáculo em esttilo de stand-up, os personagens apresentados vão desde uma freira fumante humorista, até uma dona de casa chamada Dona Edith que ensina a educar seu filho na favela.
Os personagens e temas do espetáculo,  são selecionados previamente pela equipe da Terça Insana.
A cada mês o espetáculo muda de figurino e  se transforma em um novo espetáculo com luzes, adereços cênicos e novos personagens.
A diretora do espetáculo Grace Gianouskas e sua equipe sempre inovam nos espetáculos e se dedicam cada vez mais para fazer um espetáculo de comédia com qualidade e humor irreverente!


Terça Insana
Avenida Pedroso de Moraes, 1036 – Pinheiros, São Paulo
Tel.: 3031-3290 Site: http://www.tercainsana.com.br/

29/12/2010

Toda vez que se inaugura um palco


Toda vez que se inaugura um palco os deuses do teatro ficam contentes e festejam!
Não porque ganharam um novo templo, são deuses humildes, não querem ser adorados nem gostam... 
Mas porque sabem que assim os homens ao redor serão mais felizes.
Terão ali a oportunidade rara de assistir à própria grandeza, de ver espelhada ali a sua própria grandeza.
Ali serão vividas grandes amizades e amores.
Ali todos trabalharão juntos, criando acontecimentos que jamais ocorreriam sem o palco.
O palco sabe que não é apenas tábuas no chão, que é um gerador de significados.
Ali é o lugar onde a imaginação ficará livre, sendo a imaginação o único campo onde um homem é realmente livre.
Ali serão discutidos os problemas da comunidade, porque o palco sempre foi a melhor tribuna.
Ali homens diante de homens falarão de sua alma, discutirão e compartilharão alegrias e tristezas como se fossem um só.
Trabalharão alegremente por um mundo melhor, mais solidário.
Inaugurar um teatro é criar uma ilha de liberdade, de lucidez, de solidariedade.
Nada une mais as pessoas do que o teatro.
Não é apenas um local de diversão, é isso também, mas principalmente é um lugar de reflexão, de descoberta, da revolução e do encontro com o outro.
Autor:  Domingos de Oliveira

15/07/2010

Marília Pêra em Brincando Em Cima Daquilo P 2


...Hoje quem tem patrão é cachorro, nós temos Multinacionais 
"A Arte mostra a Verdade Escancarada neste texto de Mário e Franca Rame"
Créditos YouTube
Marília Pêra " Brincando em Cima Daquilo "
De: Mário e Franca Rame
História IV
Parte II
Para Assistir a Primeira Parte do Vídeo Clica Aqui.
ARTE E CAFÈ

Marília Pêra em Brincando Em Cima Daquilo P 1

 
E no cotidiano corrido de todos nós acredito que muitos passam por esta realidade!
Créditos:
YouTube Marília Pêra Brincado Em Cima Daquilo De Mário e Franca Rame 
História IV
Parte I
Para Assistir a Continuação Clica Aqui
ARTE E CAFÈ